No câncer de próstata, várias alterações genéticas são frequentemente observadas, tanto mutações somáticas quanto germinativas. As mais comuns incluem:
- Alterações no gene TP53: Conhecido como “guardião do genoma”, o TP53 é um dos genes mais frequentemente mutados em muitos tipos de câncer, incluindo o câncer de próstata. Mutações no TP53 podem resultar na perda da função de supressão tumoral, permitindo a proliferação celular descontrolada.
- Fusões genéticas envolvendo o gene TMPRSS2-ERG: Esta fusão é uma das alterações genéticas mais comuns em câncer de próstata. O gene TMPRSS2 funde-se com membros da família ERG, resultando na ativação de oncogenes que impulsionam o crescimento tumoral.
- Alterações no gene PTEN: O gene PTEN é outro importante supressor tumoral, e sua deleção ou mutação é frequentemente observada no câncer de próstata, levando à ativação descontrolada de vias de sinalização, como a via PI3K-AKT, que promove a sobrevivência e crescimento celular.
- Alterações na via PI3K/AKT/mTOR: Além de mutações no PTEN, mutações em outros componentes dessa via são comuns, contribuindo para o crescimento e sobrevivência das células tumorais.
- Mutação no gene BRCA1 e BRCA2: Mutações hereditárias nesses genes, que estão fortemente associadas ao câncer de mama e ovário, também aumentam o risco de câncer de próstata agressivo. Pacientes com essas mutações têm maior risco de recidiva e uma progressão mais rápida da doença.
- Alterações epigenéticas: Além das mutações, modificações epigenéticas como a hipermetilação de promotores de genes supressores de tumor (por exemplo, GSTP1) são frequentes no câncer de próstata, inativando genes que normalmente protegeriam contra o desenvolvimento do tumor.
- Alterações no receptor de andrógenos (AR): O câncer de próstata depende em grande parte da sinalização de andrógenos (hormônios masculinos), e mutações ou amplificações no gene do receptor de andrógenos podem ocorrer, tornando o tumor resistente à terapia de privação de andrógenos.
Essas alterações genéticas são alvos importantes para terapias direcionadas e ajudam a entender o comportamento agressivo ou indolente do câncer de próstata em diferentes pacientes