Câncer de Próstata: Como é feita a biópsia para a sua detecção?

A biópsia de próstata é um procedimento essencial para a detecção do câncer de próstata, sendo indicada principalmente quando há suspeita de malignidade, como níveis elevados de PSA (antígeno prostático específico) ou resultados anormais em exames de toque retal. A biópsia é fundamental para confirmar a presença do câncer e determinar o grau de agressividade do tumor.

O procedimento mais comum é a biópsia transretal guiada por ultrassom. Durante este procedimento, o paciente é posicionado de lado, com os joelhos dobrados em direção ao peito. Um anestésico local é administrado para minimizar o desconforto. Em seguida, um ultrassom transretal, um pequeno dispositivo que emite ondas sonoras, é inserido no reto para fornecer imagens detalhadas da próstata. Essas imagens ajudam o médico a guiar uma agulha de biópsia até as áreas suspeitas da próstata.

Com a ajuda do ultrassom, várias amostras de tecido são coletadas da próstata, geralmente entre 12 e 14 fragmentos, provenientes de diferentes regiões do órgão. O processo de coleta de cada amostra é rápido, mas o paciente pode sentir algum desconforto ou pressão durante o procedimento. A biópsia em si leva cerca de 10 a 15 minutos para ser concluída, embora a consulta inteira possa durar mais tempo, considerando a preparação e a recuperação.

Após a biópsia, as amostras de tecido são enviadas para análise patológica. O patologista examina os tecidos sob o microscópio para identificar a presença de células cancerígenas e determinar o Gleason score, que indica o grau de agressividade do câncer, caso esteja presente.

Embora a biópsia de próstata seja um procedimento seguro, podem ocorrer alguns efeitos colaterais, como sangue na urina, sêmen ou fezes, além de desconforto temporário. Em casos raros, podem ocorrer infecções, que são tratadas com antibióticos.

Em resumo, a biópsia de próstata é um procedimento fundamental para a detecção precoce e o tratamento adequado do câncer de próstata, proporcionando informações cruciais para o manejo da doença.


Por Dr. Daniel Melecchi
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