Câncer de Próstata
Quadro Clínico
No Brasil são esperados mais de 70 mil novos casos de câncer de próstata. A grande maioria dos pacientes apresentam detecçao do cancer após a realização de um exame de psa aumentado e/ ou exame de toque retal alterado. Nos estágios iniciais, a maioria dos cânceres de próstata não apresenta sintomas. Entretanto pode acontecer:
- Redução do fluxo urinário;
- Hesitação urinária (demora ou dificuldade em iniciar o fluxo urinário);
- Perda urinária;
- Dor ao urinar;
- Dor durante a ejaculação;
- Urinar durante a noite(embora raro, alguns casos de câncer de próstata avançado podem causar).
Diagnóstico:
Normalmente o diagnóstico é realizado por uma biópsia da próstata. Durante a biópsia, um probe de ultrassom é inserido no reto e uma pequena agulha é usada para coletar amostras da próstata, que são enviadas para análise patológica. Se as amostras indicarem câncer, elas são classificadas usando o sistema de Gleason. As células são avaliadas numa escala de 1 a 5, onde células de “baixo grau” (próximas de 1) se assemelham mais às células normais, enquanto células de “alto grau” (próximas de 5) mostram maior mutação e pouca semelhança com as células normais.
O patologista atribui duas notas de Gleason, uma para o padrão predominante e outra para o segundo padrão mais comum. A soma dessas notas resulta no escore de Gleason, variando de 2 a 10. Em geral, escores mais baixos (2-4) indicam cânceres menos agressivos, enquanto escores mais altos (7-10) apontam para cânceres mais agressivos. A presença de qualquer nota 5 indica um risco maior de recorrência. Com base nos resultados do PSA e da biópsia, testes adicionais podem ser realizados para determinar a extensão da doença, tais como:
- Tomografia computadorizada;
- Ressonância magnética;
- PET CT;
- Cintilografia óssea;.
É crucial que os homens, especialmente a partir dos 50 anos, realizem o exame de toque retal para avaliação da próstata e o exame de sangue para medir o antígeno prostático específico (PSA).
Cirurgia:
A prostatectomia radical envolve a remoção da próstata e das vesículas seminais, geralmente incluindo a remoção dos gânglios linfáticos que drenam a próstata.
Prostatectomia Radical Robótica :
Para minimizar danos aos nervos, é utilizada uma técnica de prostatectomia radical poupadora de nervos e da uretra . Em pacientes com boa função erétil antes da cirurgia, mais de 80% recuperam a potência sexual após o procedimento mais de 95% da continência urinária completa.
A técnica robótica também pode ser realizada em situações tecnicamente desafiadoras, como após falhas em tratamentos de radioterapia ou implantes de sementes, e é uma opção viável após ressecção transuretral da próstata, terapia hormonal ou cirurgias prévias.
A prostatectomia radical robótica é um procedimento cirúrgico altamente preciso, com ótimos resultados na preservação das ereções e da continência urinária. Seus resultados oncológicos (remoção do tumor) e funcionais (preservação da potência sexual e continência urinária) estão entre os melhores do mundo.
Dr Daniel Melecchi Freitas é um dos maiores especialistas e pioneiros na cirurgia robótica de Brasil, iniciou seu treinamento em 2007 e atualmente proctora (instruí) colegas que estão iniciando na técnica. “Temos que disseminar o conhecimento e a nossa expertise para os urologistas mais jovens que estão começando. Os resultados de excelência vem com o treinamento”, cita.