Prostatectomia Radical Robótica

Quadro clínico:

Nos estágios iniciais, a maioria dos cânceres de próstata não apresentam sintomas. Entretanto pode acontecer:

  • Redução do fluxo urinário;
  • Hesitação urinária (demora ou dificuldade em iniciar o fluxo urinário);
  • Perda urinária;
  • Dor ao urinar;
  • Dor durante a ejaculação;
  • Urinar durante a noite (embora raro, alguns casos de câncer de próstata avançado podem causar).

Diagnóstico:

Normalmente o diagnóstico é realizado por uma biópsia da próstata. Durante a biópsia, um probe de ultrassom é inserido no reto e uma pequena agulha é usada para coletar amostras da próstata, que são enviadas para análise patológica. Se as amostras indicarem câncer, elas são classificadas usando o sistema de Gleason. As células são avaliadas numa escala de 1 a 5, onde células de “baixo grau” (próximas de 1) se assemelham mais às células normais, enquanto células de “alto grau” (próximas de 5) mostram maior mutação e pouca semelhança com as células normais.

O patologista atribui duas notas de Gleason, uma para o padrão predominante e outra para o segundo padrão mais comum. A soma dessas notas resulta no escore de Gleason, variando de 2 a 10. Em geral, escores mais baixos (2-4) indicam cânceres menos agressivos, enquanto escores mais altos (7-10) apontam para cânceres mais agressivos. A presença de qualquer nota 5 indica um risco maior de recorrência. Com base nos resultados do PSA e da biópsia, testes adicionais podem ser realizados para determinar a extensão da doença, tais como:

  • Tomografia computadorizada;
  • Ressonância magnética;
  • PET CT;
  • Cintilografia óssea.​

É crucial que os homens, especialmente a partir dos 50 anos, realizem o exame de toque retal para avaliação da próstata e o exame de sangue para medir o antígeno prostático específico (PSA).

Cirurgia:

A prostatectomia radical envolve a remoção da próstata e das vesículas seminais, geralmente incluindo a remoção dos gânglios linfáticos que drenam a próstata.

Para minimizar danos aos nervos, é utilizada uma técnica de Prostatectomia Radical Robótica poupadora de nervos e da uretra. Em pacientes com boa função erétil antes da cirurgia, mais de 80% recuperam a potência sexual após o procedimento mais de 95% da continência urinária completa.

A técnica robótica também pode ser realizada em situações tecnicamente desafiadoras, como após falhas em tratamentos de radioterapia ou implantes de sementes, e é uma opção viável após ressecção transuretral da próstata, terapia hormonal ou cirurgias prévias.

A prostatectomia radical robótica é um procedimento cirúrgico altamente preciso, com ótimos resultados na preservação das ereções e da continência urinária. Seus resultados oncológicos (remoção do tumor) e funcionais (preservação da potência sexual e continência urinária) estão entre os melhores do mundo.

Dr Daniel Melecchi Freitas é um dos maiores especialistas e pioneiros na cirurgia robótica de Brasil, iniciou seu treinamento em 2007 e atualmente proctora (instrui) colegas que estão iniciando na técnica. “Temos que disseminar o conhecimento e a nossa expertise para os urologistas mais jovens que estão começando. Os resultados de excelência vem com o treinamento”, cita.

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